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Dez dicas para realizar uma boa apresentação (aula, palestra, etc.)

      Olá amigos, recebo  muitas dúvidas dos meus alunos e até de professores (amadores e profissionais) sobre como montar uma boa apresentação (palestra, aula etc.)  no power point. Hoje vamos ver 10 regras básicas para produzir uma boa apresentação e fazer com que seus ouvintes tenham interesse em assisti-lo.

1.    Coloque um título – Um bom título deve ser simples, de poucas palavras e muito esclarecedor. Normalmente o título deve ser colocado na parte superior o slide.

2.    Faça legendas – Colunas coloridas e linhas horizontais serão apenas colunas coloridas e linhas horizontais se não forem identificadas por legendas. Facilite a visualização das legendas arredondando os números.

3.    Escolha fontes legíveis – Escolha letras grandes, com tamanho suficiente para serem lidas por todas as pessoas da sala.

4.    Limite a quantidade de tamanho  das letras – Você conseguirá melhor uniformidade se usar o máximo de três tamanhos de letra por slide.

5.    Componha frases curtas – Cada frase deve representar em essência uma ideia completa, com o menor número de palavras possível. De maneira geral, seis ou sete palavras são suficientes.

6.    Use poucas frases  O slide deve ter de 5 a 7 frases para não poluir a ideia que será transmitida.

7.    Use cores – Use, mas não abuse. Use cores contrastantes para destacar bem as informações.

8.    Use apenas uma ideia em cada slide – Identifique a ideia central da mensagem e restrinja-se a ela no slide.

9.    Utilize apenas uma ilustração em cada slide – A ilustração pode ajudar a tornar clara a mensagem, facilitando a compreensão dos ouvintes.

10. Retire tudo o que prejudicar a compreensão da mensagem – Só slide os dados que facilitem a compreensão da mensagem.

 

Bom, agora é praticar bastante!

Grande abraço e até a próxima!!!!

Desenvolvendo a musicalidade da galerinha

           Este é um projeto que desenvolvi para fazer com que os meus alunos da Escola Estadua Agrícola Casimiro de Abreu - RJ tivessem um  melhor desenvolvimento em sala de aula.
A produção de Paródias é uma das estratégias que desenvolvemos para enfocar o conteúdo de música dentro bimestre. Assim, solicitamos aos alunos que produzissem letras de acordo com as características dos estilos musicais e, abordando vários temas.
Através da pesquisa, da arte de criar e de cantar, da música apresentada à comunidade escolar, demonstramos respeito ao mundo que nos cerca, proporcionando mais qualidade de vida às nossas ações.
         A primeira empresa  que entendeu que nosso projeto poderia dar certo é a Betel Materiais de Construção, que fica aqui mesmo em Casimiro de Abreu - RJ. Os empresários deste grupo, apoiaram doando as medalhas para as crianças.
         A banda:
Como toco Contra baixo, montei uma GIG ou seja, convidei uns amigos para tocar para os alunos cantarem e tive a honra de ter o cantor Wagner José líder da banda carioca "Wagner José e seu bando" como apresentador.


Depois de muito ensaiar, colocamos a "galerinha para cantar", o som foi ao vivo e eles curtiram muito o momento, foi muito proveitoso.





Será que teremos futuros artistas? Pelo menos o primeiro passo já foi dado.

Grande Abraço
albertofisioterapia@hotmail.com
albertosouzafisio@gmail.com

A Fisioterapia no Acidente Vascular Encefálico (AVE)


            Toda semana quando assumo o plantão no HMCA, encontro pacientes internados com AVE.
            As causas de AVE são anóxico-isquêmicas (resultado da falência vasogênica para suprir adequadamente o tecido cerebral de oxigênio e substratos) e hemorrágicas (resultado do extravasamento de sangue para dentro ou para o entorno das estruturas do sistema nervoso central).
          O Acidente Vascular Encefálico (AVE) representa uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível mundial, tendo grande repercussão na qualidade de vida dos doentes. A reabilitação assume grande importância  afim de ajudar o paciente a readquirir capacidades perdidas e tornar-se novamente independente, tendo particular importância neste processo os prestadores de cuidados.
           São múltiplos as sequelas resultantes do AVE a nível físico, cognitivo-comportamental e emocional, havendo a necessidade de intervenção de uma equipe interdisciplinar e interactiva de profissionais especializados em diferentes áreas (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais), para maximizar a recuperação e facilitar a reintegração no ambiente familiar e social.
           Não existe evidência clara da superioridade de um modelo de fisioterapia para reabilitação de AVE relativamente a outro, mas existe alguma evidência a favor de intervenções específicas. Vários estudos demonstraram que a força muscular pode melhorar de modo dependente da quantidade de treino, sem se verificar aumento da espasticidade. A estimulação eléctrica funcional parece também aumentar a força muscular, mas a relevância clínica não é certa.
          Como fisioterapeuta, percebo que a fisioterapia encontra-se em processo de evolução constante, resultando na adoção de novos métodos clínicos, a partir da descoberta de dados importantes fornecidos pelas pesquisas científicas.
           E não se esqueçam: "A recuperação é lenta. Paciência e dedicação são pontos fundamentais para a reabilitação."


Grande Abraço,
Alberto Souza
         

Úlceras por Pressão


            As úlceras por pressão são definidas como lesões de pele ou partes moles originadas basicamente de isquemia tecidual prolongada. São causadas por fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente, e dependendo da profundidade da lesão, podem levar a complicações como a osteomielite e a septicemia podendo levar o paciente a óbito. Sua incidência e prevalência são altas, mobilizando paciente, familiares e instituições de saúde. Os principais fatores para o seu desenvolvimento são a pressão e a fricção, sendo sua prevenção mais eficaz e economicamente viável que seu tratamento.
              As úlceras por pressão por muito tempo foram descritas como sendo um problema estritamente de enfermagem, decorrente de cuidados inadequados por parte desses profissionais. Várias evidências científicas têm mostrado que a úlcera por pressão é decorrente de fatores múltiplos, não sendo, portanto, de responsabilidade exclusiva da equipe de enfermagem.
            As úlceras por pressão têm prevalência e incidência elevadas nos tratamentos agudo e de longo prazo de clientes hospitalizados e/ou acamados, podem se desenvolver em 24 horas ou espaçar 5 dias para sua manifestação (COSTA, 2003).
          Dentre os diversos fatores de risco, gostaria de destacar os pacientes neurológicos. A experiência com pacientes da APAE, onde trabalhei por cinco anos,  me fez crescer muito como pessoa e como profissional.
          Pacientes com lesão medular apresentam certo grau de alteração na sensibilidade térmica e tátil, o que leva à predisposição para o desenvolvimento das feridas. Geralmente, esse tipo de paciente permanece por longos períodos em uma mesma posição, exercendo compressão contínua em diferentes áreas do corpo. Além dos pacientes portadores de lesão medular, outros indivíduos acometidos por traumatismos graves podem desenvolver úlceras de pressão, também em decorrência do posicionamento (DELISA; GANS, 2002).
            A grande incidência e prevalência da úlcera por pressão sugerem uma atuação insuficiente dos profissionais da saúde, junto aos pacientes hospitalizados/acamados por razões diversas. Alguns autores como Lianza (1995), Candido (2001) e Benedet (2001) concordam que a equipe multidisciplinar deve estar integrada para prestar os cuidados aos pacientes acamados, que por ventura poderão apresentar riscos para integridade da pele e ainda ressaltam a importância do Fisioterapeuta, do Enfermeiro, do Médico, do Técnico de Enfermagem, do Nutricionista e toda equipe como cuidadores integrais do paciente.
           O senso comum entre os autores também diz que a prevenção da úlcera por pressão é mais importante que as propostas de tratamento, visto que, na prevenção o custo é reduzido, o risco para o paciente é nulo e sua permanência no hospital é abreviada, já que uma úlcera por pressão aumenta o risco de o paciente adquirir uma infecção concomitante aumentando assim, seu tempo de hospitalização (CALIRI; RUSTICI; MARCHRY, 1997; SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2007).






 
Grande Abraço,
Alberto Souza

Fisioterapia Respiratória na Colecistectomia Laparoscópica

Hoje, quando cheguei à clínica cirúrgica, me deparei com esta imagem. Mas o que seria isto???

        A colecistectomia é um dos procedimentos cirúgicos mais comumente realizados na cirurgia do aparelho digestório, normalmente devido à litíase (pedra) de vesícula biliar.
           Os procedimentos cirúrgicos abdominais alteram a função pulmonar, reduzindo os volumes e capacidades pulmonares e, conseqüentemente, prejudicando as trocas gasosas. As causas destas alterações são várias, podendo estar relacionadas à manipulação abdominal, aos efeitos da anestesia geral, à dor no local da incisão e ao tempo de permanência no leito.
         A fisioterapia respiratória é uma das alternativas terapêuticas empregadas com o objetivo de diminuir as complicações  decorrentes da perda funcional pulmonar. São utilizadas diversas técnicas de expansão pulmonar, destacando-se a reeducação funcional respiratória e a cinesioterapia respiratória. Ambas são realizadas por meio de exercícios físicos ativos e livres, em que tronco e membros podem ou não estar associados, enfatizando a respiração com padrão diafragmático, por ser o diafragma o principal músculo da respiração.

Grande Abraço

Alberto Souza


Biologia Celular



Aula ministrada na Escola Estadual Agrícola em Casimiro de Abreu - RJ.

                                                                                                                                           Alberto Souza

Mitos Sobre Convulsão

               Semana passada fui convidado para ministrar uma palestra para os candidatos ao curso de formação de conselheiros dos Embaixadores do Rei.
               Embaixadores do Rei é uma organização missionária para meninos de 9 a 17 anos que visa desenvolver atividades socioeducacionais, esportivas, recreativas, evangelísticas e missionárias. A organização também trabalha na busca de formar um caráter cristão e responsável perante a sociedade. Tem como objetivo conduzir pessoas a salvação e pela manutenção de uma vida plena em Cristo.
              Como eles realizam muitos acampamentos com os ER, falamos sobre primeiros socorros. Dentre os temas abordados, falei sobre convulsão e sobre o pré-conceito que a envolve.
             Entre cinco e 10% da população apresenta um episódio de crise convulsiva ao longo da vida, com maior prevalência em crianças e idosos. Podem ser precipitadas por febre, hipoglicemia, hipoxemia, toxinas, etc.
            O quadro clínico relaciona-se com perda da consciência ou alteração da mesma acompanhada por alterações de comportamento. Presença de atividade motora involuntária, incluindo contrações tônicoclônicas e automatismos (piscar de olhos). Perda de tônus motor (resultando em queda) e incontinência  esfincteriana. Geralmente são autolimitadas e de curta duração (menos de um minuto).
            As pessoas têm a falsa impressão que a língua vai enrolar, e que devem abrir a boca da vítima  e tentar "desenrolar a lígua" com os dedos, ou até mesmo tentar abrir a boca com pedaços de madeira, ou coisas desse tipo. 
           Devemos prestar bastante atenção com a abertura de vias aéres nesses casos:
Observe a figura ao lado:
        
           Em casos como este, a língua pode obstruir a passagem de ar fazendo com que a vítima perca a capacidade de realizar hematose (troca gasosa nos pulmões). Mas, conforme observado na figura, se realizar-mos a hiperextensão da coluna cervical, conseguimos realizar abertura de vias aéreas.

Dentre as condutas corretas, podemos destacar:
  •   No adulto jovem, procurar por sinais de: trauma, consumo de drogas ou envenenamento.
  •   No adulto acima de 35 anos, o diagnóstico mais provável de um primeiro evento de crises convulsiva é a doença cerebrovascular (AVE, ataque isquêmico transitório)
  •   Causas também frequentes o tumor cerebral, distúrbio metabólico e uso de álcool.
  •   Não introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões.
  •   Proteger a vítima de traumatismos. Evitando a contenção da vítima, para não produzir ou agravar lesões músculo-esqueléticas.
  • Realizar a abertura correta de vias aéreas.
         A partir de agora, vamos atentar mais sobre o assunto para conseguir-mos ajudar nossos amigos, parentes e pessoas que estiverem ao nosso lado.

Grande Abraço e até a Próxima

Alberto Souza


Como conviver com a Artrose

        Recentemente, tive a oportunidade de falar para uma "galerinha" muito especial. Um Projeto Social que atende os queridos da terceira idade  "Projeto Valéria da Piscina".
          Na palestra "Mantendo a postura e melhorando a qualidade de vida", conversamos sobre uma doença que atinge milhares de pessoas pelo mundo. A Artrose é uma doença que causa degeneração da cartilagem articular que temos na extremidade dos nossos ossos. É impressionante como as pessoas ficam surpresas ao saber que alguns casos da doença, poderia ser atenuada através da prevenção. Se diminuir-mos a carga em uma articulação o processo pode deter-se. Com o tempo, os ossos podem sofrer alterações ósseas visíveis associadas à osteófitos marginais. 
          No término da palestra, uma senhora de 76 anos veio ao meu encontro e comentou que melhorou muito após ter iniciado atividades físicas. "Este projeto foi muito bom para minha vida" afirmou a senhora.
          Aí você pode estar se pergundando. Como as atividades físicas atuam na artrose? Dentre outras respostas, podemos destacar esta:  Nós temos um líquido nas articulações chamado "Líquido Sinovial", Ele tem o objetivo de facilitar os movimentos e nutrir a nossa cartigem, uma vez que, é pouco vascularizada. Se fazemos atividades físicas com pouco impacto e movimentamos esse líquido, a cartilagem vai ser melhor nutrida e assim as dores tendem a diminuir. Observe a figura ao lado: temos uma articulação com um processo de degeneração da cartilagem (artrose) e outra, articulação com a cartilagem preservada.

Deixo meu abraço a todos que fazem parte da Equipe da Professora Valéria da Piscina. Parabéns pelo belo trabalho que vocês realizam! Fiquei muito feliz em fazer parte desta história.

Alberto Souza

O que é Osteoporose?


Você  já deve ter ouvido falar em casos inusitados de fraturas. Vou te apresentar um bem interessante... Esta paciente tem  85 anos e tem vários gatos de estimação. Um belo dia quando preparava o almoço para receber os filhos e netos, caiu da própria altura, pois  se assustou com o gato que encostou em sua perna. O curioso é que ela já tinha fraturado o colo do fêmur contralateral há três anos.
            Os idosos devem tomar muito cuidado com essas quedas pois a osteoporose é considerada atualmente um sério problema de saúde pública do mundo. É uma doença que se caracteriza por alterações esqueléticas que comprometem a resistência óssea, predispondo o indivíduo a fraturas que acomete particularmente mulheres idosas.
            A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica caracterizada por diminuição da massa óssea e deteriorização microarquitetural do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade óssea e susceptibilidade à fratura. A osteoporose inicialmente é assintomática, sendo conhecida como “doença silenciosa”, pois as primeiras manifestações clínicas surgem quando já ocorreu perda de 30 a 40% de massa óssea.


          Os primeiros sintomas aparecem quando ocorrem fraturas periféricas ou axiais após mínimos traumas. As fraturas ocorrem principalmente nas vértebras, punho e colo do fêmur.
          As fraturas de quadril e antebraço distal (fratura de Colles) geralmente ocorrem após queda. Aproximadamente 30% dos indivíduos acima de 65 anos, caem uma ou mais vezes por ano e, destes, 3% desenvolvem fraturas. O sítio de fratura pode influenciado pela direção da queda. Queda para trás resultam em fraturas de quadril e, para frente, fratura de Colles.
         Hoje, estamos fazendo o tratamento pós operatório e a recuperação está dentro do planejamento.
Grande abraço,

Alberto Souza


Endorfina e Música

            Esta semana me surpreendi quando cheguei à enfermaria masculina do HMCA e observei várias pessoas cantando com os pacientes. Eram os professores da Fundação Cultural de Casimiro de Abreu – RJ, cantando e fazendo com que os pacientes obtivessem melhorias em seus quadros clínicos através da música.
            Pude ver a alegria, o prazer  e o sorriso no rosto de cada paciente. Provavelmente, estavam produzindo endorfinas para aliviar seus sofrimentos.
             A endorfina é um neurotransmissor, tal como a acetilcolina e a dopamina. É uma substância química utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso.
            Existem vinte tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso, sendo a beta-endorfina a mais eficiente pois é a que dá o efeito mais eufórico ao cérebro.
            A pesquisadora Eliseth Leão, enfermeira e musicoterapeuta, pesquisa há 15 anos os efeitos da música no tratamento da dor. Em seu doutorado defendido na Universidade de São Paulo (USP), ela pesquisou a obra do compositor de música clássica Richard Wagner. Encontrou nas partituras do autor alemão um importante auxílio para as mulheres sofredoras de fibromialgia – um tipo de dor majoritariamente feminino, caracterizada por diagnóstico e tratamento difíceis. “Estudamos 90 mulheres que sofriam cronicamente de dor e elas escutaram músicas de Wagner (em média 40 minutos). Aferimos a intensidade antes e depois das audições, por meio de escalas numéricas”, conta. “A redução da dor e a sensação de alívio foi impressionante”, afirma a pesquisadora. Segundo Eliseth, o mecanismo que faz da música um “analgésico natural” é simples: enquanto escutam, as pessoas acionam algumas memórias e fazem associações com imagens que têm efeito terapêutico. A estrutura musical ajuda na liberação do hormônio endorfina, ligado ao bem-estar.
Visto isso, vamos cantar mais, sorrir mais e fazer o bem ao nossos semelhantes!!!
Grande abraço,

A Temida SUPERBACTÉRIA

A Temida SUPERBACTÉRIA



Em 2010 e início de 2011, notícias sobre a superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase ganharam as páginas dos jornais. Apenas no Distrito Federal, entre janeiro e outubro de 2010, ela contaminou 183 pessoas, das quais 18 morreram.

Não havia motivo para tamanho alarme. A existência de uma superbactéria não deve ser desprezada, mas o fato é que a KPC, identificada em 2006, nos Estados Unidos, está restrita a ambientes hospitalares. Os pacientes mais suscetíveis são os doentes graves, imunologicamente debilitados. Em sua maioriam estão internados há bastante tempo em UTIs, com pouca perspectiva de alta. Em contato com uma pessoa saudável, oferece risco mínimo.

          A KPC é de difícil transmissão. Sua matriz (Klebsiella) é naturalmente encontrada nos intestinos. Ela desperta a atenção dos especialistas pela forma como passa a um microorganismo semelhante a informação de como adquirir resistência.

          As superbactérias, extremamente resistente à maioria dos antibióticos, começaram a desafiar a medicina há ao menos sessenta anos. Na década de 50, foi identificado um germe imune à penicilina – o primeiro antibiótico descoberto. A resistência era fruto do mau uso do medicamento. Os antibióticos só cumprem seu papel quando tomados pelo tempo correto e nas doses prescritas. Do contrário, as bactérias capazes de produzir enzimas que inativam sua ação sobrevivem às doses inadequadas e driblam o ataque da medicação. Quando se multiplicam, geram“filhotes” resistentes.

            Nas últimas décadas, algumas bactérias têm se revelado ainda mais “espertas”, como é o caso da KPC. Além de transmitirem a resistência a seus descendentes, elas enviam um pedacinho do seu material genético (o plesmídeo) com essa informação para bactérias vizinhas, que têm a oportunidade de aprender a se defender do ataque dos antibióticos.

            Quando as superbactérias contaminam pacientes enfraquecidos, é provável que cheguem à corrente sanguínea e atinjam os órgãos, sem que remédios consigam detê-las. Ocorre, então, uma septicemia (infeção generalizada). Esse ciclo só é interrompido com o uso de um antibiótico diferente. A KPC é resistente aos antibióticos da classe dos carbanêmicos, e cerca de 70% dos infectados respondem ao tratamento com algum outro tipo de antibiótico. Para o restante, nenhum surte efeito.

            O principal agente de transmissão das infecções hospitalares são os profissionais de saúde. A   maioria das contaminações ocorre pela falta de um hábito básico de higiene: Por pressa ou falta de costume, os profissionais não lavam as mãos de forma adequada. Os instrumentos médicos constituem outra forma de contaminação. Um estudo divulgado pela Associação Paulista de Medicina revelou que 87% de 300 estetoscópios recolhidos de hospitais paulistas estavam contaminados com bactérias. Para evitar esse tipo de contágio, bastaria limpar o aparelho depois de atender um paciente.

            No Distrito Federal, no fim de 2010, a situação era grave. O aumento no número de infecções por KPC coincidia com a falta, em nove hospitais, de produtos como luvas, seringas, compressas e cateteres. É no caos que as superbactérias também proliferam.