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Cuidado para não aumentar a lesão do paciente

               Hoje vamos falar sobre como devemos movimentar uma pessoa com uma lesão grave na coluna vertebral, intubada, sedada, com acesso venoso profundo, monitorização cardíaca, oximetria de pulso, etc. O paciente em questão apresentava uma fratura patológica na quinta vértebra torácica (T5) com colapso quase total do corpo vertebral.
               Traduzindo, o paciente está "acoplado" a vários aparelhos, não consegue se mexer, pois está sedado e precisa ser submetido a um exame de ressonância magnética (RM). Se a equipe o transportar de qualquer maneira, a lesão que já é grande, pode aumentar e ainda comprometer ainda mais a medula espinal.
 
Veja a imagem abaixo:


 
                    Reparem a medula espinal está sendo pressionada pelos fragmentos ósseos e processo infeccioso, e isso o fazia ficar restrito ao leito e com os membros inferiores paréticos (dormentes e com pouco movimento). 
Então, uma das minhas funções enquanto fisioterapeuta era evitar os posicionamentos incorretos para evitar que a lesão aumentasse. Então era preciso orientar toda a equipe sobre a gravidade do problema. Quando chegaram para o transporte, foi preciso solicitar a ajuda dos maqueiros, técnicos em enfermagem para realizar o rolamento, colocá-lo na prancha e logo depois posicioná-lo na maca da ambulância e, finalmente, realizar o transporte para fazer a RM.
                     Amigos, sempre peçam ajuda aos colegas de trabalho na hora de fazer qualquer movimento com o paciente. Você vai evitar que ele seja prejudicado e vai  preservar a sua coluna enquanto profissional de saúde.  Quem trabalha em hospital sabe que compromisso, trabalho em equipe e melhoria contínua, são chaves para conquistar excelência em qualidade e satisfação dos pacientes.
 
Grande Abraço,
Alberto Souza

Palestra: Fisioterapia, a Arte de Cuidar

Palestra: Fisioterapia, a arte de Cuidar
com Alberto Souza



Local: Clube dos Servidores - Casimiro de Abreu - RJ
Data: 23/11/2013

Abordarei assuntos importantes como os recursos terapêuticos atuais, áreas de atuação, reabilitação, e muito mais.

 
Em homenagem ao dia do Fisioterapeuta,
 segue a Oração do Fisioterapeuta:

“Senhor, eu sou fisioterapeuta.
Um dia, depois de anos de estudos,
me entregaram um diploma,
dizendo que eu estava oficialmente
autorizado a reabilitar.
E eu jurei fazê-lo. . .conscientemente.
Não é fácil, Senhor,
não é nada fácil viver este juramento na rotina
sempre repetida da vida de um fisioterapeuta:
avaliando. . .tratando. . .reavaliando. . .tratando. . .
acompanhando passo a passo a recuperação,
às vezes lenta, dos pacientes.
Contudo, Senhor, eu quero ser fisioterapeuta. . .
Alguém junto de alguém.
Não mecânico de uma engrenagem,
mas gente reabilitando gente.
Que todo aquele que me procura em busca de cura física
encontre em mim algo mais que o profissional. . .
Que eu saiba parar para ouvi-lo. . .
sentar junto ao seu leito para animá-lo. . .
É muito importante, Senhor:
que eu não perca a capacidade de chorar.
Que eu saiba ser fisioterapeuta. . .
alguém junto de alguém. . .
Gente reabilitando gente,
com a tua ajuda, Senhor.”


Grande Abraço,
Alberto Souza

Palestra: Melhorando a Postura do Profissional de Saúde (vídeo)

Melhorando a Postura do Profissional de Saúde
Com Alberto Souza


Evento: X Simpósio de Radiologia
Data: 7 de Dezembro de 2013



"A postura espelha o indivíduo"

Muito bacana o evento em Nova Iguaçú, a organização da Escola Técnica Destake está de Parabéns!
Veja um trecho da palestra:




Grande Abraço
Alberto Souza

Posturas inadequadas no ambiente de trabalho

         Muito se fala sobre posturas erradas que adotamos em nossas atividades diárias. Constantemente temos que passar horas em frente ao computador; muito tempo se gasta andando pra lá e pra cá ou se você é dentista, guitarrista ou cirurgião, precisa fazer movimentos repetitivos durante um bom tempo da sua atividade diária.
 
         O fato é que:
 
As más  posturas adotadas no ambiente de trabalho   podem favorecer o surgimento de desvios posturais.
 
Sim, desvios posturais como a escoliose que podem levar ao desenvolvimento de hérnia de disco!
 
          Segundo Candotti, 1993; Fischinger, 1984, a nossa postura sofreu várias alterações no decorrer da história e da evolução do ser humano, de modo que a coluna vertebral, em razão de sua constante posição vertical e das cargas que pressionam  determinadas áreas, passou a apresentar doenças e  degenerações.

          O pior de tudo é que realizamos nossas atividades diariamente, normalmente até que um belo dia as dores começam a aparecer. E, muitas vezes a Hérnia de disco já está estabelecida.
          Esta imagem é de uma paciente de 47 anos que ficou internada lá no hospital que eu trabalho. Ela é diarista e trabalha com muitos movimentos repetitivos, principalmente nos membros superiores. Ou seja, faz todas as difíceis tarefas de casa que nós conhecemos.
         Se adotarmos posturas corretas, simples durante o dia, vamos ajudar a prevenir muitas dessas alterações posturais.
 
         Segundo Rasch (1991), um encurtamento adaptativo de músculos pode ocorrer se as posturas habituais e um trabalho pesado crônico ocorrem em amplitudes de movimento articular (ADM) restritas.
Ou seja, a prevenção é o melhor remédio!!!
 
Grande Abraço,
Alberto Souza

Cuidado com a Tuberculose


     Olá amigos, hoje vamos conversar um pouco sobre uma doença bastante comum nos dias atuais. 

    Provavelmente a tuberculose vem acometendo a humanidade há mais de 5.000 anos, podendo mesmo o M. tuberculosis ter se originado há cerca de 15.000 anos. Nas múmias do Egito, datadas de 3.400 a.C., foi demonstrado o comprometimento humano com a tuberculose. Nas Américas do período pré-Colombiano a tuberculose foi encontrada em múmias do Peru de 900 d.C. No Brasil, não existe nenhuma evidência de que ela ocorresse nas populações indígenas antes da invasão de Portugal em 1.500.
    Atualmente, a tuberculose é uma doença de alta incidência e prevalência no Brasil. Sinais sugestivos de atividade ou sequela da tuberculose podem ser obtidos através dos métodos de imagem. Na radiografia de tórax, a tuberculose pulmonar ativa pode manifestar-se sob a forma de consolidações, cavitações, padrões intersticiais (reticulares/retículo-nodulares), linfonodomegalias hilares ou mediastinais e derrame pleural.
     Ao mesmo tempo em que Wilhelm Conrad Röentgen descobria os raios X, em 1895, a tuberculose pulmonar, conhecida como a “peste branca”, era responsável por centenas de milhares de mortes em todo o mundo.
     Desenvolveram-se, a partir de 1903, os aparelhos portáteis de raios X, amplamente usados durante a Primeira Grande Guerra com a finalidade de localizar balas e facilitar as cirurgias nos campos de batalha.
     São dessa época alguns dos primeiros estudos de anatomia radiológica desenvolvidos por Marie Curie e os de Dunham, que propôs a classificação da tuberculose de acordo com seus achados radiológicos.
     A  tuberculose pulmonar é dividida em primária (primoinfecção) e secundária. A forma primária é a que ocorre em indivíduos que ainda não tiveram contato com o bacilo, sendo, portanto, mais comum em crianças.   A forma secundária desenvolve-se a partir de uma nova infecção (reinfecção exógena) ou da reativação de bacilos latentes (reinfecção endógena).
 
A Radiologia
 
     A radiografia do tórax é o método de imagem de escolha na avaliação inicial e no acompanhamento da tuberculose pulmonar.
 
     A linfonodomegalia mediastinal é a manifestação radiológica mais freqüente na forma primária da tuberculose.
 
 
 

      Na forma pós-primária da tuberculose, as cavitações são mais frequentes nos segmentos ápico-posteriores dos lobos superiores ou superiores dos lobos inferiores e apresentam- se em 40% a 45% dos casos. No Brasil, esses achados estão presentes nas radiografias em até 100% dos casos, provavelmente relacionados ao diagnóstico tardio da doença.
      As cavidades apresentam-se com paredes espessas durante a sua fase ativa. Após a cura, evoluem para cicatrização, cujo aspecto residual são as estrias, calcificações e retrações do parênquima acometido.

 
        
Radiografia de tórax em PA. Opacidades heterogênea sem campo superior de ambos os pulmões com cavitações (setas).



TC Tórax: Cavitação de paredes espessas em pulmão esquerdo. Notar nódulos centrolobulares também sugestivos  de atividade da doença.
 
       
     Além do tratamento medicamentoso, podemos incluir o tratamento fisioterapêutico. A Fisioterapia Respiratória tem como objetivos facilitar a respiração do paciente que está com tuberculose, aumentar a capacidade ventilatória dos pulmões. 
 
 
 
Visite seu médico regularmente!!!
 
Grande Abraço
Alberto Souza