Visitas

Cuidado com a Tuberculose


     Olá amigos, hoje vamos conversar um pouco sobre uma doença bastante comum nos dias atuais. 

    Provavelmente a tuberculose vem acometendo a humanidade há mais de 5.000 anos, podendo mesmo o M. tuberculosis ter se originado há cerca de 15.000 anos. Nas múmias do Egito, datadas de 3.400 a.C., foi demonstrado o comprometimento humano com a tuberculose. Nas Américas do período pré-Colombiano a tuberculose foi encontrada em múmias do Peru de 900 d.C. No Brasil, não existe nenhuma evidência de que ela ocorresse nas populações indígenas antes da invasão de Portugal em 1.500.
    Atualmente, a tuberculose é uma doença de alta incidência e prevalência no Brasil. Sinais sugestivos de atividade ou sequela da tuberculose podem ser obtidos através dos métodos de imagem. Na radiografia de tórax, a tuberculose pulmonar ativa pode manifestar-se sob a forma de consolidações, cavitações, padrões intersticiais (reticulares/retículo-nodulares), linfonodomegalias hilares ou mediastinais e derrame pleural.
     Ao mesmo tempo em que Wilhelm Conrad Röentgen descobria os raios X, em 1895, a tuberculose pulmonar, conhecida como a “peste branca”, era responsável por centenas de milhares de mortes em todo o mundo.
     Desenvolveram-se, a partir de 1903, os aparelhos portáteis de raios X, amplamente usados durante a Primeira Grande Guerra com a finalidade de localizar balas e facilitar as cirurgias nos campos de batalha.
     São dessa época alguns dos primeiros estudos de anatomia radiológica desenvolvidos por Marie Curie e os de Dunham, que propôs a classificação da tuberculose de acordo com seus achados radiológicos.
     A  tuberculose pulmonar é dividida em primária (primoinfecção) e secundária. A forma primária é a que ocorre em indivíduos que ainda não tiveram contato com o bacilo, sendo, portanto, mais comum em crianças.   A forma secundária desenvolve-se a partir de uma nova infecção (reinfecção exógena) ou da reativação de bacilos latentes (reinfecção endógena).
 
A Radiologia
 
     A radiografia do tórax é o método de imagem de escolha na avaliação inicial e no acompanhamento da tuberculose pulmonar.
 
     A linfonodomegalia mediastinal é a manifestação radiológica mais freqüente na forma primária da tuberculose.
 
 
 

      Na forma pós-primária da tuberculose, as cavitações são mais frequentes nos segmentos ápico-posteriores dos lobos superiores ou superiores dos lobos inferiores e apresentam- se em 40% a 45% dos casos. No Brasil, esses achados estão presentes nas radiografias em até 100% dos casos, provavelmente relacionados ao diagnóstico tardio da doença.
      As cavidades apresentam-se com paredes espessas durante a sua fase ativa. Após a cura, evoluem para cicatrização, cujo aspecto residual são as estrias, calcificações e retrações do parênquima acometido.

 
        
Radiografia de tórax em PA. Opacidades heterogênea sem campo superior de ambos os pulmões com cavitações (setas).



TC Tórax: Cavitação de paredes espessas em pulmão esquerdo. Notar nódulos centrolobulares também sugestivos  de atividade da doença.
 
       
     Além do tratamento medicamentoso, podemos incluir o tratamento fisioterapêutico. A Fisioterapia Respiratória tem como objetivos facilitar a respiração do paciente que está com tuberculose, aumentar a capacidade ventilatória dos pulmões. 
 
 
 
Visite seu médico regularmente!!!
 
Grande Abraço
Alberto Souza