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O Público compra VOCÊ primeiro

              Os dois momentos cruciais de uma apresentação, seja ela uma palestra, um show, ou até mesmo uma reunião, são o início e o fim. Se você começar mal, dificilmente prenderá  o público; se terminar mal, o que ficará na mente das pessoas – e certamente será motivos de comentários – será o seu final desastroso ou sem graça, mesmo que a apresentação quase toda seja perfeita.
             Segundo Reinaldo Polito, a introdução é a parte da apresentação que nos dedicamos  a conquistar os ouvintes que recebem a mensagem que temos que transmitir.
            Deduzimos por esse conceito que, se os ouvintes já estiverem motivados e receptivos às informações, a introdução poderá ser suprimida. Portanto, a circunstância, com os acontecimentos que a envolvem, pode ser suficiente para motivar os ouvintes, ou, se isso não ocorrer, caberá ao palestrante, músico, professor, qualquer um que esteja se apresentando, conquista-lo.
           O problema disso tudo é que grande parte das pessoas  que se apresentam em público, esquecem que para que ocorra uma boa apresentação, precisamos de muitos fatores  como técnica, características  do público, duração da apresentação, etc.... 
             Atualmente, toco em duas bandas, com dois cantores  com estilos totalmente diferentes. Que foram para o estúdio, investiram alto em seus sonhos. E converso sobre isso frequentemente com eles. Em cada apresentação o público, antes de comprar o cd compra você primeiro como pessoa. Muitos Cds são vendidos por que o público gostou de você primeiro como pessoa, o achou um cara legal então você por mais que não seja tão conhecido, vende bastante.
Um exemplo clássico foi agora no Rio das Ostras Jazz e Blues Festival. Vejam que interessante:
               Eis que eu estava assistindo um show de um baixista lá de Minas, o cara é fera, toca muito, mas não é muito conhecido por aqui. Portanto,  ele tinha que ganhar o público demonstrando humildade, empatia, bom humor para conseguir que sua apresentação fosse um sucesso, não bastava  a banda ser muito boa e tocar muito. Se os caras tocassem muito, mas fossem marrentos, mal encarados, não tivessem interação com o público, provavelmente não venderiam nenhum cd ali. Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Os caras interagiram de tal forma que no final do show todos os cds já haviam sido vendidos. E o Baixista até ficou emocionado e falou que não esperava isso.... Resumindo, o cara entrou como um artista desconhecido para muitos e saiu do evento como o “rei da cocada”, fiquei impressionado.
             Mas o que vejo por aí é a galera querendo vender Cds, livros no final das apresentações mas se apresentam de qualquer maneira, sem planejamento, sem técnica, etc...
Para estes, fica mas fácil reclamar da vida!!!
“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”
Albert Einsten

Grande Abraço
Alberto Souza