Olá amigos, hoje vamos conversar
sobre um assunto muito importante e que devemos estar atentos para evitarmos
as lesões. Pela manhã, ao pedalar 20 Km com um amigo, percebi que na metade do
caminho eu tinha feito muito mais esforço do que o outro ciclista. Na segunda
metade do nosso treino, trocamos as bicicletas e, percebi que a outra bicicleta
era muito mais leve e ergonômica.
Vou chamar a bicicleta comum de BIKE 1 e a bicicleta ergonômica para o ciclista em questão de BIKE 2. Observem as diferenças, principalmente na postura e na biomecânica da BIKE 1 em relção à BIKE 2.
De
acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a bicicleta é
diariamente usada por cerca de quatro milhões de pessoas. Como exemplo, uma
comparação entre os anos de 1997 e 2008 revela um aumento de 189% no número de
bicicletas circulando nas ruas brasileiras.
A
bicicleta foi criada em 2300 a.C., na China. Naquele primeiro momento, não
possuía sistema de transmissão de forças como pedais, corrente, coroas e
catracas. Sua utilização restringia-se ao deslocamento em declives. Foi,
somente, em 1855, que os engenheiros franceses Michauc e Lallemente
acrescentaram pedais à bicicleta (CANDOTTI, 2003).
Uma
preocupação que surge com isso é a saúde dos usuários, não somente em relação
ao trânsito, mas também a ergonomia. Os aspectos relacionados à ergonomia,
nesse caso, dizem respeito ao ajuste correto da interação ciclistabicicleta na
busca tanto por conforto como por desempenho e bem-estar.
Diferentes
métodos e padrões de ajustes na regulagem desse complexo têm sido propostos, na
busca tanto por conforto como por desempenho do ciclista. Seja com a finalidade
de competir ou simplesmente por lazer, a bicicleta deve possuir os ajustes na
medida correta para o objetivo pretendido. Essas regulagens não devem somente
se ater ao tamanho do quadro, que é a principal medida na escolha da bicicleta,
mas também ao posicionamento do selim em relação à posição horizontal e
vertical (DIEFENTHAELER et al., 2008b).
As
recomendações para o dimensionamento de bicicletas que aqui apresentamos estão
baseadas no referencial teórico levantado, assim como no experimento realizado
por Pequini (2005), cujos resultados mostraram que o correto dimensionamento da
bicicleta, assim como, a postura do tronco, ereto ou em flexão, são
fundamentais para o conforto dos usuários e a prevenção de patologias
relacionadas à prática do ciclismo.
O
movimento das costas do ciclista merece uma atenção primária. [...] Por outro
lado, se a distância entre o eixo do guidão e a barra transversal é muito
curta, a espinha lombossacral terá que se flexionar para uma posição mais
extrema e sofrerá estresse de flexão que aumente a pressão sobre os discos vertebrais.
É muito claro que a distância correta entre o eixo do guidão e a barra
transversal é importantíssima.
Na
posição correta o ciclista manterá a pélvis numa posição neutra. Para o máximo
de potência e o mínimo de dor e ferimento, a pélvis não deverá estar inclinada
nem muito para frente nem muito para trás.
Referência Bibliográfica
KLEINPAU, Julio. Aspectos determinantes do posicionamento
corporal no ciclismo: uma revisão sistemática. Motriz, Rio Claro, v.16 n.4
p.1013-1023, out./dez. 2010
MARIÑO, Suzi. Bicicletas para uso
personalizado: Recomendações Antropométricas.
Grande Abraço,
Alberto Souza