Hoje vamos falar sobre como devemos movimentar uma pessoa com uma lesão grave na coluna vertebral, intubada, sedada, com acesso venoso profundo, monitorização cardíaca, oximetria de pulso, etc. O paciente em questão apresentava uma fratura patológica na quinta vértebra torácica (T5) com colapso quase total do corpo vertebral.
Traduzindo, o paciente está "acoplado" a vários aparelhos, não consegue se mexer, pois está sedado e precisa ser submetido a um exame de ressonância magnética (RM). Se a equipe o transportar de qualquer maneira, a lesão que já é grande, pode aumentar e ainda comprometer ainda mais a medula espinal.
Veja a imagem abaixo:
Reparem a medula espinal está sendo pressionada pelos fragmentos ósseos e processo infeccioso, e isso o fazia ficar restrito ao leito e com os membros inferiores paréticos (dormentes e com pouco movimento).
Então, uma das minhas funções enquanto fisioterapeuta era evitar os posicionamentos incorretos para evitar que a lesão aumentasse. Então era preciso orientar toda a equipe sobre a gravidade do problema. Quando chegaram para o transporte, foi preciso solicitar a ajuda dos maqueiros, técnicos em enfermagem para realizar o rolamento, colocá-lo na prancha e logo depois posicioná-lo na maca da ambulância e, finalmente, realizar o transporte para fazer a RM.
Amigos, sempre peçam ajuda aos colegas de trabalho na hora de fazer qualquer movimento com o paciente. Você vai evitar que ele seja prejudicado e vai preservar a sua coluna enquanto profissional de saúde. Quem trabalha em hospital sabe que compromisso, trabalho em equipe e melhoria contínua, são chaves para conquistar excelência em qualidade e satisfação dos pacientes.
Grande Abraço,
Alberto Souza