Esta
semana me surpreendi quando cheguei à enfermaria masculina do HMCA e observei
várias pessoas cantando com os pacientes. Eram os professores da Fundação
Cultural de Casimiro de Abreu – RJ, cantando e fazendo com que os pacientes obtivessem
melhorias em seus quadros clínicos através da música.
Pude
ver a alegria, o prazer e o sorriso no
rosto de cada paciente. Provavelmente, estavam produzindo endorfinas para aliviar
seus sofrimentos.
Existem
vinte tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso, sendo a beta-endorfina
a mais eficiente pois é a que dá o efeito mais eufórico ao cérebro.
A pesquisadora
Eliseth Leão, enfermeira e musicoterapeuta, pesquisa há 15 anos os efeitos da
música no tratamento da dor. Em seu doutorado defendido na Universidade de São
Paulo (USP), ela pesquisou a obra do compositor de música clássica Richard
Wagner. Encontrou nas partituras do autor alemão um importante auxílio para as
mulheres sofredoras de fibromialgia – um tipo de dor majoritariamente feminino,
caracterizada por diagnóstico e tratamento difíceis. “Estudamos 90 mulheres que
sofriam cronicamente de dor e elas escutaram músicas de Wagner (em média 40
minutos). Aferimos a intensidade antes e depois das audições, por meio de
escalas numéricas”, conta. “A redução da dor e a sensação de alívio foi
impressionante”, afirma a pesquisadora. Segundo Eliseth, o mecanismo que faz da
música um “analgésico natural” é simples: enquanto escutam, as pessoas acionam
algumas memórias e fazem associações com imagens que têm efeito terapêutico. A
estrutura musical ajuda na liberação do hormônio endorfina, ligado ao bem-estar.
Visto isso, vamos cantar mais, sorrir mais e fazer o bem ao nossos semelhantes!!!
Grande abraço,
Alberto Souza - albertosouzafisio@gmail.com