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Fisioterapia Respiratória na Colecistectomia Laparoscópica

Hoje, quando cheguei à clínica cirúrgica, me deparei com esta imagem. Mas o que seria isto???

        A colecistectomia é um dos procedimentos cirúgicos mais comumente realizados na cirurgia do aparelho digestório, normalmente devido à litíase (pedra) de vesícula biliar.
           Os procedimentos cirúrgicos abdominais alteram a função pulmonar, reduzindo os volumes e capacidades pulmonares e, conseqüentemente, prejudicando as trocas gasosas. As causas destas alterações são várias, podendo estar relacionadas à manipulação abdominal, aos efeitos da anestesia geral, à dor no local da incisão e ao tempo de permanência no leito.
         A fisioterapia respiratória é uma das alternativas terapêuticas empregadas com o objetivo de diminuir as complicações  decorrentes da perda funcional pulmonar. São utilizadas diversas técnicas de expansão pulmonar, destacando-se a reeducação funcional respiratória e a cinesioterapia respiratória. Ambas são realizadas por meio de exercícios físicos ativos e livres, em que tronco e membros podem ou não estar associados, enfatizando a respiração com padrão diafragmático, por ser o diafragma o principal músculo da respiração.

Grande Abraço

Alberto Souza


Biologia Celular



Aula ministrada na Escola Estadual Agrícola em Casimiro de Abreu - RJ.

                                                                                                                                           Alberto Souza

Mitos Sobre Convulsão

               Semana passada fui convidado para ministrar uma palestra para os candidatos ao curso de formação de conselheiros dos Embaixadores do Rei.
               Embaixadores do Rei é uma organização missionária para meninos de 9 a 17 anos que visa desenvolver atividades socioeducacionais, esportivas, recreativas, evangelísticas e missionárias. A organização também trabalha na busca de formar um caráter cristão e responsável perante a sociedade. Tem como objetivo conduzir pessoas a salvação e pela manutenção de uma vida plena em Cristo.
              Como eles realizam muitos acampamentos com os ER, falamos sobre primeiros socorros. Dentre os temas abordados, falei sobre convulsão e sobre o pré-conceito que a envolve.
             Entre cinco e 10% da população apresenta um episódio de crise convulsiva ao longo da vida, com maior prevalência em crianças e idosos. Podem ser precipitadas por febre, hipoglicemia, hipoxemia, toxinas, etc.
            O quadro clínico relaciona-se com perda da consciência ou alteração da mesma acompanhada por alterações de comportamento. Presença de atividade motora involuntária, incluindo contrações tônicoclônicas e automatismos (piscar de olhos). Perda de tônus motor (resultando em queda) e incontinência  esfincteriana. Geralmente são autolimitadas e de curta duração (menos de um minuto).
            As pessoas têm a falsa impressão que a língua vai enrolar, e que devem abrir a boca da vítima  e tentar "desenrolar a lígua" com os dedos, ou até mesmo tentar abrir a boca com pedaços de madeira, ou coisas desse tipo. 
           Devemos prestar bastante atenção com a abertura de vias aéres nesses casos:
Observe a figura ao lado:
        
           Em casos como este, a língua pode obstruir a passagem de ar fazendo com que a vítima perca a capacidade de realizar hematose (troca gasosa nos pulmões). Mas, conforme observado na figura, se realizar-mos a hiperextensão da coluna cervical, conseguimos realizar abertura de vias aéreas.

Dentre as condutas corretas, podemos destacar:
  •   No adulto jovem, procurar por sinais de: trauma, consumo de drogas ou envenenamento.
  •   No adulto acima de 35 anos, o diagnóstico mais provável de um primeiro evento de crises convulsiva é a doença cerebrovascular (AVE, ataque isquêmico transitório)
  •   Causas também frequentes o tumor cerebral, distúrbio metabólico e uso de álcool.
  •   Não introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões.
  •   Proteger a vítima de traumatismos. Evitando a contenção da vítima, para não produzir ou agravar lesões músculo-esqueléticas.
  • Realizar a abertura correta de vias aéreas.
         A partir de agora, vamos atentar mais sobre o assunto para conseguir-mos ajudar nossos amigos, parentes e pessoas que estiverem ao nosso lado.

Grande Abraço e até a Próxima

Alberto Souza


Como conviver com a Artrose

        Recentemente, tive a oportunidade de falar para uma "galerinha" muito especial. Um Projeto Social que atende os queridos da terceira idade  "Projeto Valéria da Piscina".
          Na palestra "Mantendo a postura e melhorando a qualidade de vida", conversamos sobre uma doença que atinge milhares de pessoas pelo mundo. A Artrose é uma doença que causa degeneração da cartilagem articular que temos na extremidade dos nossos ossos. É impressionante como as pessoas ficam surpresas ao saber que alguns casos da doença, poderia ser atenuada através da prevenção. Se diminuir-mos a carga em uma articulação o processo pode deter-se. Com o tempo, os ossos podem sofrer alterações ósseas visíveis associadas à osteófitos marginais. 
          No término da palestra, uma senhora de 76 anos veio ao meu encontro e comentou que melhorou muito após ter iniciado atividades físicas. "Este projeto foi muito bom para minha vida" afirmou a senhora.
          Aí você pode estar se pergundando. Como as atividades físicas atuam na artrose? Dentre outras respostas, podemos destacar esta:  Nós temos um líquido nas articulações chamado "Líquido Sinovial", Ele tem o objetivo de facilitar os movimentos e nutrir a nossa cartigem, uma vez que, é pouco vascularizada. Se fazemos atividades físicas com pouco impacto e movimentamos esse líquido, a cartilagem vai ser melhor nutrida e assim as dores tendem a diminuir. Observe a figura ao lado: temos uma articulação com um processo de degeneração da cartilagem (artrose) e outra, articulação com a cartilagem preservada.

Deixo meu abraço a todos que fazem parte da Equipe da Professora Valéria da Piscina. Parabéns pelo belo trabalho que vocês realizam! Fiquei muito feliz em fazer parte desta história.

Alberto Souza

O que é Osteoporose?


Você  já deve ter ouvido falar em casos inusitados de fraturas. Vou te apresentar um bem interessante... Esta paciente tem  85 anos e tem vários gatos de estimação. Um belo dia quando preparava o almoço para receber os filhos e netos, caiu da própria altura, pois  se assustou com o gato que encostou em sua perna. O curioso é que ela já tinha fraturado o colo do fêmur contralateral há três anos.
            Os idosos devem tomar muito cuidado com essas quedas pois a osteoporose é considerada atualmente um sério problema de saúde pública do mundo. É uma doença que se caracteriza por alterações esqueléticas que comprometem a resistência óssea, predispondo o indivíduo a fraturas que acomete particularmente mulheres idosas.
            A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica caracterizada por diminuição da massa óssea e deteriorização microarquitetural do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade óssea e susceptibilidade à fratura. A osteoporose inicialmente é assintomática, sendo conhecida como “doença silenciosa”, pois as primeiras manifestações clínicas surgem quando já ocorreu perda de 30 a 40% de massa óssea.


          Os primeiros sintomas aparecem quando ocorrem fraturas periféricas ou axiais após mínimos traumas. As fraturas ocorrem principalmente nas vértebras, punho e colo do fêmur.
          As fraturas de quadril e antebraço distal (fratura de Colles) geralmente ocorrem após queda. Aproximadamente 30% dos indivíduos acima de 65 anos, caem uma ou mais vezes por ano e, destes, 3% desenvolvem fraturas. O sítio de fratura pode influenciado pela direção da queda. Queda para trás resultam em fraturas de quadril e, para frente, fratura de Colles.
         Hoje, estamos fazendo o tratamento pós operatório e a recuperação está dentro do planejamento.
Grande abraço,

Alberto Souza